sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Soneto do Amigo





Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Vinícius de Moraes

Um comentário:

  1. Olá amigos! Lindo Soneto do amigo!!!Vinícius de Moraes estava inspirado...
    Vim deixar votos de um Natal feliz, cheio de muitas graças divinas... e que possamos sempre estreitar esse laço fraterno que nos une, não só nessa época do Natal... mas sempre!
    Abraços cheios de ternura.
    Josi

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